Haddad anuncia ação contra o WhatsApp nos EUA

O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, anunciou hoje (21), em entrevista coletiva, que poderá ingressar com uma ação judicial contra o WhatsApp nos Estados Unidos, país sede da empresa. O objetivo é forçar a empresa a esclarecer como o aplicativo de rede social foi utilizado no Brasil para a disseminação em massa de notícias falsas durante o período eleitoral.

Fernando Haddad adiantou que irá semana que vem a Nova York a fim de participar do lançamento de uma frente progressista internacional e poderá aproveitar para entrar com uma ação contra o aplicativo de mensagens.

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“Nesta minha viagem aos EUA, estamos avaliando entrar com ação judicial contra o WhatsApp, para que ela lá preste contas do que fez aqui, desconhecendo a jurisdição das autoridades brasileiras”, disse.

Haddad afirmou que dirigentes da empresa no Brasil estão se recusando a abrir os dados sobre a onda de fake news na última semana do primeiro turno, o que fez alterar o quadro eleitoral, favorecendo sobretudo a candidatura de extrema direita do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

“Queremos saber quem contratou, quantas mensagens foram disseminadas, para ludibriar quem?”, disse Haddad.

Economia

O jornal Folha de S. Paulo publicou denúncias com o nome de empresários que participaram desse financiamento por meio de caixa dois.

Haddad disse que a ação na Justiça dos EUA contra o WhatsApp poderá ter a participação de entidades de outros países, pois o que se fez no Brasil não pode ser repetido em nenhum outro lugar.

O ex-candidato do PT também informou que iniciará uma campanha internacional de contatos com setores de centro-esquerda em diversos países.

“Vamos manter contatos com a centro-esquerda europeia, setores progressistas na Itália, na França, e na Alemanha preocupados com o crescimento do conservadorismo e com o corte dos direitos sociais”, afirmou.

Com informações do PT na Câmara