A Folha de S. Paulo, que sempre torceu contra o PT, afirma que a nova condenação do ex-presidente Lula é muito frágil porque carece de conexão com a Petrobras.
O petista recebeu pena de 12 anos e onze meses no caso do sítio de Atibaia. A sentença foi prolatada ontem (6) pela juíza Gabriela Hardt, substituta do ex-juiz Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba.
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Segundo artigo assinado pelo repórter especial da Folha Mario Cesar Carvalho, embora sobrem provas da relação de Lula com o sítio, o elo com a Petrobras é frágil demais. Isso equivale dizer que a juíza da lava jato era incompetente para julgar o ex-presidente.
“… os próprios delatores dizem que a obra [no sítio de Atibaia] não teve relação alguma com os desvios da Petrobras”, escreve o jornalista, o que ensejará a anulação [futura] de todo o processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O STF já delimitou no passado a atuação da lava jato aos contratos da estatal petrolífera, no entanto, os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), não conseguiram provar a conexão alguma com a Petrobras.
A fragilidade da condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia se assemelha ao processo kafkiano que resultou na primeira condenação, a 9 anos e seis meses, no caso do tríplex do Guarujá.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.