Dodge prorroga Lava Jato, mas futuro de Deltan é incerto na força-tarefa

A procuradora-geral da República Raquel Dodge, nesta segunda-feira (12), decidiu prorrogar por mais 1 ano da operação Lava Jato, em Curitiba. A autorização para o funcionamento da força-tarefa expira em 9 de setembro próximo.

Mesmo com a prorrogação por mais um ano da força-tarefa, o futuro do procurador Deltan Dallagnol ainda é incerto. Nesta terça-feira (13), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) examina uma das representações contra o coordenador da Lava Jato, impetrada pelo senador Renan Calheiros (MDB-PR).

Deltan entrou na marca do pênalti após a série de reportagens da #VazaJato, do Intercpet, revelando mensagens privadas no Telegram do procurador com outros integrantes da Lava Jato, ministros do STF e o ex-juiz Sérgio Moro.

LEIA TAMBÉM
Cúpula do PSL já opera expulsão de Frota do partido de Bolsonaro

Personalidades internacionais assinam abaixo-assinado por Lula livre

Bolsonaro afundou a campanha de Marci na Argentina, avalia Gleisi

Economia

A continuidade de Deltan Dallagnol à frente da Lava Jato representa um ônus geral para o judiciário, haja vista a quantidade de violações cometidas em nome do suposto combate à corrupção.

Numa das conversas divulgadas hoje, por exemplo, o coordenador da força-tarefa aparece articulando entidades de extrema-direita (Vem Pra Rua, Observatório Social e Mude) para pressionar ministros do STF e influenciar na escolha do relator da Lava Jato na corte supremo.

Em suma, Deltan brincava de Deus. Ele e seu parceiro, Moro, influenciavam no STF e interferiram na vontade das urnas para eleger o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Por isso lutaram pela prisão sem provas do ex-presidente Lula.