As declarações foram dadas por Bolsonaro neste sábado (31) durante conversa de 1h30 com um grupo de jornalistas no Quartel-General do Exército, em Brasília.
A relação entre o presidente e o ministro está desgastada, com recentes episódios envolvendo a tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, subordinada a Moro, e no Coaf Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão que tinha um aliado do ministro no comando.
Os jornalistas foram convidados por Bolsonaro a participar de um almoço, organizado por militares. Não foram permitidos gravadores nem a entrada de telefones celulares. Ao final do almoço, Bolsonaro sentou à mesa com os jornalistas presentes para conversar.
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Descontraído, Bolsonaro comentou um eventual indicação de Moro a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo ele, isso vai depender do “dia a dia” e de como o Senado avaliaria o ministro em uma sabatina.
“Não me comprometi com o Moro no STF. Durante a campanha, o que eu prometi foi alguém do perfil do Moro”, disse.
O presidente disse então que o ministro da AGU é “terrivelmente supremável”. Bolsonaro defende um ministro evangélico para a Corte Suprema, o que descarta o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro.
Na conversa, Bolsonaro também falou sobre a corrida presidencial de 2022. Para ele, Doria está morto como candidato na próxima eleição. Na opinião, o tucano não tem chances na disputa. “Não dá para forçar ser quem você não é.”
*Com informações da Folha de São Paulo
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.