O ex-presidente Michel Temer (MDB) se acha a última bolacha do pacote, apesar de ter sido o homem mais odiado do mundo quando usurpou o Palácio do Planalto. Ele chegou à desfaçatez de dizer hoje (16) à noite, no Roda Viva, que jamais apoiou ou se empenhou pelo golpe de Estado, em 2016, para derrubar a presidenta legítima Dilma Rousseff (PT).
Satanista, o ‘Vampirão Neoliberalista’ faltou com a verdade na “caruda”. Não teme nem a Deus, só pode.
A verdade dos fatos é outra.
Temer não só apoiou, planejou, empenhou, executou, como também foi o beneficiário direto do golpe de Estado. Como Deus castiga quem mente, ele acabou preso em março deste ano. Pouco, mas o suficiente para experimentar a ira divina.
“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe. Aliás, muito recentemente, o jornal Folha detectou um telefonema onde o ex-presidente Lula me deu, onde ele pleiteava e depois esteve comigo para trazer o PMDB para impedir o impedimento. E eu tentei, mas a esta altura, eu confesso, que a movimentação popular era tão grande e tão intensa que os partidos já estavam mais ou menos vocacionados para a ideia do impedimento”, dissimulou o emedebista.
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Temer também confirmou que o ex-presidente Lula conversou com ele sobre o impeachment, como havia divulgado a #VazaJato –a série de reportagens do site Intercept e demais órgãos de imprensa.
Segundo Temer, a ideia do petista era trazer o PMDB e outros partidos no sentido de negar a possibilidade de impedimento de Dilma.
Além de negar que seja um golpista, Michel Temer também jurou que haja relação entre o impeachment da ex-presidenta e a ascensão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), de extrema-direita. Para o emedebista, as disrupções políticas ocorrem de tempos em tempos.
Para fechar o repolho, Temer confessou que Bolsonaro é a continuação de seu governo: entreguista, antipovo, elitista, neoliberal, enfim, que privilegia bancos e retira direitos dos trabalhadores.
Assista a íntegra da entrevista de Michel Temer:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.