Não subsistem mais os motivos –se é que existiram algum dia– que levaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão em Curitiba. Este já é o entendimento da maioria dos ministros no Supremo Tribunal Federal (STF) após a #VazaJato, a série de reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil em parceria com outros veículos de imprensa aqui no País e no exterior.
Tirando esta quarta-feira (18), que tem final da Copa do Brasil, cuja disputa será entre Internacional e Athletico, quase todos os dias têm vindo a público novos diálogos entre procuradores da força-tarefa comprovando que Lava Jato era, na verdade, uma organização criminosa.
LEIA TAMBÉM
PT vai denunciar procuradora que redigiu pedido de impeachment de Gilmar Mendes
URGENTE: Direitos Humanos irão intimar Deltan e Moro sobre prisão política de Lula
Lula quer a Globo na #VazaJato
O ministro Gilmar Mendes, alvo preferencial de Deltan Dallagnol, por exemplo, acusa procuradores da força-tarefa de terem monetizado a Lava Jato para ganhar dinheiro e benefícios pessoais. O magistrado do STF não tem dúvidas de que eles cometeram corrupção, além daquela funcional, que consistiu na fraude processual com o fim de manter preso político o ex-presidente Lula.
Por conta dessas estripulias que a ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não teve coragem de enfrentar, os ministros do STF também passam a considerar Lula um preso político e acreditam ser inevitável sua soltura a qualquer instante.
Portanto, a omissão da ex-PGR deverá ser corrigida de ‘ofício’ pelo Supremo em nome da democracia, do Estado de Direito e da Constituição Federal.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.