Unicef e entidades se manifestam sobre assassinato de Ághata


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos exigiu a identificação e a definição de responsabilidades pelo assassinato de Ágatha Felix, que tinha 8 anos, no Complexo do Alemão. “O Estado deve investigar de maneira célere e diligente e punir os responsáveis”, afirmou a entidade. A Unicef Brasil declarou, em nota pública, que “apela para o compromisso de proteger o direito à vida de cada menina e menino, de prevenir homicídios e de priorizar a investigação das mortes violentas de crianças e adolescentes”.

Já a ONG Justiça Global encaminhou, com oito instituições que atuam em favelas no estado, uma denúncia contra Witzel à alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, a ex-presidente do Chile Michele Bachelet. No texto, a entidade afirma que a morte da menina é “diretamente relacionada à bárbara política de segurança pública conduzida pelo governador do Rio de Janeiro”.

A OAB-RJ afirmou em nota no sábado (21) que a morte da menina “vem se somar à estatística de 1.249 pessoas mortas pela polícia nos oito primeiros meses do ano”. Declarou que é “um recorde macabro” para o estado. O Ministério Público do Rio de Janeiro lamentou a morte da estudante e disse em nota que “o uso inapropriado ou extralegal da força letal pela polícia, quando desmedido e frequente, além de afetar a legitimidade da instituição policial, configura um problema público que deve ser debatido de forma ampla”.

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A Anistia Internacional também declarou que “a responsabilidade do governador é prevenir e combater a violência com inteligência e levando em consideração que todas as vidas importam. E não deixar um rastro de vítimas que deveriam ser protegidas pelo Estado, como Ágatha e mais de mil pessoas mortas só este ano por agentes de segurança pública no Rio de Janeiro”.

*As informações são do jornal Folha de São Paulo.