Greve geral contra ‘pacotaço’ de Lenín Moreno paralisa Equador


A greve geral convocada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), movimentos sociais, estudantis e sindicais nesta quarta-feira (9) paralisou as atividades econômicas em todo o país. Em Quito, a capital do Equador, milhares de manifestantes seguem ocupando as ruas e cercando prédios públicos. A revolta popular é multitudinária.

Atendendo o chamado da CONAIE, os indígenas, a maioria dos manifestantes, chegaram na segunda-feira (7) das províncias (estados) da Região da Serra e Amazônia.

Os manifestantes exigem a revogação das medidas econômicas anunciadas na semana passada pelo governo neoliberal de Moreno, que decretou o fim do subsídio estatal dos combustíveis, mudanças nas leis laborais e medidas tributárias que afetam os mais pobres.

Segundo as organizações populares, as medidas do governo foram impostas pelo acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e sem consulta à população. “As medidas golpeiam fortemente os mais vulneráveis, ampliam o custo de vida e retiram direitos dos trabalhadores”, assinala um comunicado divulgado pela CONAIE.

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Nos últimos anos, as mobilizações de indígenas selaram o destino de diversos presidentes do Equador. Analistas políticos avaliam como bastante difícil a situação de Lenín Moreno, que transferiu a sede de governo para Guayaquil e decretou o toque de recolher em todo país.

*Com informações de agências internacionais