A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a um empresário, o primeiro denunciante da Lava Jato, por tê-lo citado como um delator em um livro sobre a operação Lava Jato. A decisão é do juiz André Augusto Salvador Bezerra, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Em março de 2018, o empresário Hermes Freitas Magnus processou Joice Hasselmann, à época pré-candidata a deputada, e a editora Universo dos Livros, alegando que o livro Delatores — ascensão e queda dos investigados na Lava Jato , lançado no fim de 2017, causou-lhe “humilhação pública” e “grande sofrimento”, por ter aparecido na obra como “denunciante” do esquema, e não “delator”.
“Basta ler o livro para se verificar o cunho pejorativo, denegridor e diminuto que se deu à conduta” de Magnus, escreveu a defesa, que disse que “a honra pessoal, cívica, patriótica, profissional e o equilíbrio psíquico” do empresário foram “espancados” por Joice Hasselmann.
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O empresário disse que está em “sérias dificuldades econômicas”, “asilado em outro país, vivendo atualmente com ajuda de parentes, amigos e do governo estrangeiro”.
Ele também solicitou uma indenização de R$ 2 milhões, “o mínimo razoável”, com “função pedagógica” para evitar que Joice Hasselmann voltasse a “adotar condutas de desprezo aos direitos de terceiros e práticas abusivas contra a liberdade de imprensa”.
*Com informações da revista Época
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.