Evo Morales denuncia crimes contra a humanidade na Bolívia

Foto: Aizar Raldes/AFP

Evo Morales, ex-presidente da Bolívia deposto por um golpe militar e exilado no México, denunciou crimes contra a humanidade cometidos durante a “repressão policial e militar” no país, mergulhado há quase um mês numa grave crise política e social.

Morales exigiu que o “governo de fato” de Jeanine Áñez faça a identificação dos autores intelectuais e materiais das 24 mortes registradas nos últimos cinco dias. “Denuncio perante a comunidade internacional estes crimes contra a humanidade que não devem ficar impunes”, escreveu no Twitter.

Morales acusou ainda o advogado de defesa do “rebanho”, que não mencionou, de tentar justificar “a repressão armada” e argumentou que a polícia e as forças armadas “têm o dever constitucional, ético e moral” de proteger a vida da população.

De acordo com a Defensoria do Povo Boliviano, o número de mortos durante quase um mês de conflito aumentou para 23 e o total de feridos em vários confrontos ultrapassou os 700.

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A presidente autoproclamada da Bolívia, Jeanine Áñez, assinou um decreto que isenta as forças armadas do país da responsabilidade criminal se participarem de operações que resultem em morte de manifestantes.

*Com informações de agências internacionais