LEIA TAMBÉM:
Sobre a autocrítica necessária: Bolsonaro e Guedes prometem mais arrocho para 2020
Bolsonaro chama Folha de “jornaleco campeão de fake news e desinformação”
Oposição protocola representação na PGR contra coronel Tadeu e Daniel Silveira por crime de racismo
Essa proposta de resolução, que foi defendia pela Colômbia e pelo Brasil, obteve 26 votos a favor, três contra – México, Nicarágua e São Vicente e Granadinas-, quatro abstenções e um ausente.
“A Delegação da Nicarágua reitera mais uma vez sua firme condenação ao golpe na República irmã da Bolívia. É por isso que não apoiamos o projeto de resolução”, disse Ruth Tapia, representante da Nicarágua na OEA.
“Eleições gerais”
Pouco antes, a autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, já havia anunciado que convocaria eleições gerais ainda hoje.
“Se Deus permitir, hoje pela manhã, vamos lançar a convocação para as eleições, como todo país está pedindo”, disse Áñez a repórteres, acrescentando que ainda não se definiu qual será o mecanismo legal – se por uma lei aprovada no Congresso, ou se por decreto supremo presidencial, em caso de ausência de consenso político.
O Senado foi convocado para esta tarde, mas tudo indica que haverá complicações nos trabalhos.
O autoproclamado governo não quer que os parlamentares tratem da renúncia de Evo Morales, alegando que é um aspecto superado. Já os congressistas leais ao líder indígena pretendem rejeitar sua saída, com o argumento de que foi pressionado pelos militares.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira no México, Evo Morales afirmou que o golpe de Estado na Bolívia aconteceu devido à nacionalização dos recursos naturais que ele promoveu durante seu mandato.
O presidente deposto também convocou as organizações internacionais e o Papa Francisco para construir uma Comissão da Verdade com o objetivo de esclarecer o que aconteceu nas eleições presidenciais de 20 de outubro.
Com informações da RT en español.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.