O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) veio em público, nesta terça-feira (14), desmentir que tenha pensado demitir o ministro Sérgio Moro em agosto de 2019.
A informação de que o titular do ex-juiz da Lava Jato seria defenestrado do governo é da jornalista Thaís Oyama. Ela revelou no livro “Tormenta – O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos” que Moro entrou no bico do corvo ter se posicionado de maneira contrária à decisão do presidente Supremo, ministro Dias Toffoli, sobre o Coaf, que acabou beneficiando o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ).
Entretanto, revela a autoria, o general Augusto Heleno demoveu Bolsonaro da ideia de demitir Moro.
“Se demitir o Moro, o seu governo acaba”, teria aconselhado na ocasião o general, que é ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Bolsonaro, a seu jeito, atacou a imprensa por “ler” seus pensamentos. “Essa imprensa é uma vergonha. Lê meus pensamentos e ministros se convencem a não demitirem a si próprios”, debochou, mas não convenceu.
O presidente Jair Bolsonaro virou refém político do ministro Sérgio Moro. Não consegue demitir o subordinado, por mais que tente, porque é mais forte que ele [capitão]. Talvez esse tenha sido um erro estratégico, portanto fatal do ponto de vista político.
– Essa imprensa é uma vergonha. Lê meus pensamentos e ministros se convencem a não demitirem a si próprios. KKKKKKKK & KKKKKKKKK pic.twitter.com/QADsAqrQHb
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 14, 2020
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.