Na prateleira, Flávio Dino ajusta discurso sobre questão econômica

Requião: frente de Dino reúne ‘sopa de morcego e coronavírus’.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ajustou nesta terça-feira (28) o discurso para atender aos críticos da ausência do debate sobre economia em suas intervenções.

Na prateira e prestes a migrar de partido, Dino afirmou que mais importante não é falar de partes [partidos] e sim do todo [frente ampla].

O governador maranhense tricota com o apresentador da Globo, Luciano Huck, mas namora o PT e o ex-presidente Lula. Os petistas até deram um doce para Dino jurando que ele poderia ser o candidato da legenda à Presidência da República.

Flávio Dino é sondado pelo PT, PDT e PSB para disputar o Palácio do Planalto.

O PCdoB não quer perder seu quadro político, por isso inicia uma política de mudanças no nome e no símbolo da agremiação quase centenária. A foice e o martelo deverão ir para o museu comunista e a nomenclatura tende a receber nova roupagem: Movimento 65.

Para conquistar os setores mais críticos à sua amplitude, o governador Dino explica que a “questão central é a defesa do Brasil, dos direitos sociais e de um projeto nacional de desenvolvimento, elaborado e sustentado pela frente mais ampla que for possível”.

Economia

O pronunciamento de Flávio Dino foi uma resposta ao ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), presidente da Frente Ampla em Defesa da Soberania, que esta semana classificou a movimentação do governador do Maranhão uma misturava de “sopa de morcego e coronavírus”, pois, segundo o emedebista, seu “amigo” comunista não apresentava crítica ao neoliberalismo econômico.

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