Academia Brasileira de Letras repudia a censura bolsonarista em Rondônia

A Academia Brasileira de Letras manifestou, em nota oficial, seu repúdio à censura literária promovida pelo governo do Estado de Rondônia.

Até o fundador, patrono da ABL e principal escritor do Brasil, Machado de Assis, teve seu principal romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” incluído no “index’ bolsonarista.

Segundo a nota da ABL, “trata-se de gesto deplorável, que desrespeita a Constituição de 1988, ignora a autonomia da obra de arte e a liberdade de expressão.”

Confira a manifestação dos imortais da Academia:

NOTA OFICIAL:

A Academia Brasileira de Letras vem manifestar publicamente seu repúdio à censura que atinge, uma vez mais, a literatura e as artes. Trata-se de gesto deplorável, que desrespeita a Constituição de 1988, ignora a autonomia da obra de arte e a liberdade de expressão. A ABL não admite o ódio à cultura, o preconceito, o autoritarismo e a autossuficiência que embasam a censura.

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É um despautério imaginar, em pleno século XXI, a retomada de um índice de livros proibidos. Esse descenso cultural traduz não apenas um anacronismo primário, mas um sintoma de não pequena gravidade, diante da qual não faltará a ação consciente da cidadania e das autoridades constituídas.

07/02/2020

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