Coronavírus: Orientações da Sociedade Brasileira de Infectologia; leia


A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) lançou na quarta-feira (26) uma série de orientações que indicam quando há a necessidade de suspeitar de infecção pelo novo coronavírus. A entidade científica inumera as situações para a prevenção do Covid-19. O Brasil confirmou o registro do primeiro caso de contaminação pelo coronavírus nesta semana.

A SBI aponta as três situações principais sobre os sintomas do Covid-19:

  • Situação 1: quando houver febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E viagem para algum dos países abaixo* nos últimos 14 dias.
  • Situação 2: Quando houver febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório E histórico de contato próximo de caso SUSPEITO para o coronavírus nos últimos 14 dias.
  • Situação 3: Quando houver febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório E contato próximo de caso CONFIRMADO de coronavírus nos últimos 14 dias.

Os principais sintomas da infecção pelo Covid-19 são: tosse, coriza, febre e dificuldade para respirar. O período de incubação, ou seja, tempo entre a exposição ao vírus e o início os sintomas, é de 1 a 14 dias, mais comumente em torno de 5 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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As medidas de prevenção são as mesmas de outras infecções respiratórias, segundo a SBI:

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  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel 70%;
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienização adequada das mãos;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, com cotovelo flexionado ou utilizando-se de um lenço descartável;
  • Ficar em casa e evitar contato com pessoas quando estiver doente;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos, copos ou garrafas);
  • Manter os ambientes bem ventilados.

O uso de máscaras cirúrgicas como medida preventiva também não está indicado para a população em geral. Segundo o Ministério da Saúde, só devem utilizá-las pacientes suspeitos e seus cuidadores; profissionais de saúde; e trabalhadores de aeroportos e portos que recebem pessoas de fora do país.

Não há necessidade de procurar atendimento médico caso a pessoa apresente sintomas de infecção respiratória, mas não se enquadre nas situações citadas acima. “As epidemias de gripe têm demostrado que as aglomerações nas salas de espera das unidades de pronto atendimento são o lugar ideal para quem gosta de ficar gripado. Só devem procurar os hospitais aqueles que sentirem falta de ar e aumento da frequência respiratória”, explica o médico Drauzio Varella.

Em questões de saúde, o pânico costuma ser mau conselheiro e andar de mãos dadas com a desinformação. Não espalhe notícias antes de verificá-las nos sites confiáveis, como o do Ministério da Saúde, que tem feito um ótimo trabalho na identificação de casos suspeitos. “Até agora, pelo menos, as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde têm sido irrepreensíveis”, conclui o Dr. Drauzio.

Tome as medidas de prevenção citadas, que valem para todas as infecções respiratórias, incluindo gripes e resfriados. Fora isso, vida normal.

*As informações são da SBI e do Portal do Dr. Draúzio Varella