A vulnerabilidade da economia vista pela “janela” da bolsa de valores

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, despencou 52% em dólares, segundo o banco americano Goldman Sachs. Trata-se da maior desvalorização dentre os mercados acionários do mundo.

O levantamento considera o período entre 17 de janeiro e 20 de março de 2020.

A bolsa da Indonésia teve a segunda maior queda (50%), seguida da da África do Sul e Rússia (45%) e Chile (40%).

Com economias mais robustas, as bolsas da Europa e Estados Unidos caíram cerca de 30%.

Voltemos à Ibovespa, a bolsa, uma espécie de “janela” pela qual se vê a vulnerabilidade da economia brasileira.

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O Blog do Esmael vem discutindo há meses com os leitores as fragilidades nos fundamentos econômicos do liberalismo de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, bem antes da crise do coronavírus. Portanto, a depressão é preexistente e o governo federal nada vez para minimizá-la na vida das pessoas.

Os fundamentos da economia real, verdadeira, vinham mostrando fissuras com o aumento de desemprego, precarização da mão de obra, concentração de renda nas mãos dos bancos por meio da reforma da previdência, venda de ativos públicos a preço de banana, enfim, menos dinheiro na economia, menos consumo, mais recessão.

O Goldman Sachs também estima que o Real perdeu 28% de sua valorização frente ao dólar.

A moeda brasileira é uma das mais fracas do mundo na atualidade, o que confirma a fragilidade do modelo econômico adotado pelo “Posto Ipiranga” com a anuência de Bolsonaro.

O Brasil só conseguirá sair desse quadro depressivo se decretar moratória da dívida pública e conceder moratória para as dívidas dos trabalhadores, enquanto perdurar a luta contra o Convid-19, e estatizar empresas de serviços essenciais como as áreas em dificuldades financeiras.

Como resolver a crise? Só trocando de governo.