Brasil tem 350 casos de coronavírus e tem 20º dia pior que a Itália

Bolsonaro comanda um teatro que ora combina preocupação com o coronavírus, ora destaca o negacionismo da pandemia.

O Brasil amanheceu esta quarta-feira (18) com 350 casos de coronavírus confirmados pelas secretarias estatuais de Saúde e pelo Ministério da Saúde.

O levantamento considera infectados em 17 estados e o Distrito Federal. São Paulo, com 164 casos, é o mais afetado pelo COVID-19.

Segundo as autoridades sanitárias, no 20º dia após os primeiros casos, a Itália tinha apenas 3 diagnósticos confirmados. O Brasil somava 291 confirmações no mesmo período, somente pelo Ministério da Saúde.

Levando a sério aquele velho ditado, segundo qual ‘com fogo no rabo até preguiça se mexe’, enfim, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou tomar medidas tardias para combater o vírus.

Dentre as decisões do governo estão o reconhecimento da “calamidade pública” provocada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela quebradeira do País.

As ações governamentais preveem a flexibilização do artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que dispensa a União do cumprimento da meta de resultado fiscal prevista para este ano, que é de déficit primário de R$ 124,1 bilhões. O governo estima pedalar até R$ 80 bilhões acima do permitido.

Economia

Por outro lado, o Plano Guedes prevê um ajuste de R$ 600 bilhões nas costas do povo brasileiro com a privatização da Eletrobras, queimando ativo que vale R$ 200 bilhões, e reforma administrativa, desmonte do Estado em serviços públicos essenciais com o intuito de gerar R$ 400 bilhões de superávit primário (reserva para pagar os juros da dívida interna.

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Casos confirmados do novo coronavírus no Brasil

Estado Secretarias da saúde Ministério da Saúde
AC 3 0
AL 1 1
AP 0 0
AM 1 1
BA 17 3
CE 11 5
DF 19 22
ES 8 1
GO 10 6
MA 0 0
MT 0 0
MS 6 4
MG 14 7
PA 0 0
PB 0 0
PR 12 6
PE 19 16
PI 0 0
RJ 33 33
RN 1 1
RS 19 10
RO 0 0
RR 0 0
SC 7 7
SP 164 164
SE 5 4
TO 0 0
Total 350 291

 

Leia a íntegra da nota do governo sobre a Calamidade Pública

Em virtude do monitoramento permanente da pandemia Covid-19, da necessidade de elevação dos gastos públicos para proteger a saúde e os empregos dos brasileiros e da perspectiva de queda de arrecadação, o Governo Federal solicitará ao Congresso Nacional o reconhecimento de Estado de Calamidade Pública. A medida terá efeito até 31 de dezembro de 2020.

O reconhecimento do estado de calamidade pública tem suporte no disposto no Art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o qual dispensa a União do atingimento da meta de resultado fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, em consequência, da limitação de empenho prevista na LRF.

O Governo Federal reafirma seu compromisso com as reformas estruturais necessárias para a transformação do Estado brasileiro, para manutenção do teto de gastos como âncora de um regime fiscal que assegure a confiança e os investimentos para recuperação de nossa dinâmica de crescimento sustentável.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República