O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) divulgou nota nesta terça-feira (10) sobre a crise econômica global que atinge fortemente o Brasil, agravada ainda mais com a expansão do coronavírus e a queda no preço do petróleo.
Segundo o partido, “o governo [Bolsonaro] prima pela irresponsabilidade. A desqualificação do presidente da República e de seu ministério ficam patentes. No meio da crise, o Estado tem de agir investindo, expandindo o crédito e assumindo o comando da atividade econômica. Mas não é isso que se vê por parte de Bolsonaro, que governa contra o Brasil”.
No documento, o PSOL aponta a fragilização da economia do país promovida pelo desmonte do governo neoliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes como um dos fatores de agravamento da crise. “A economia nacional, fragilizada por dois anos de depressão e três de estagnação, mostra sua vulnerabilidade. Reformas regressivas em áreas sociais, privatizações, desmonte do BNDES e quebra da capacidade de investimento da Petrobrás deixam o Brasil a mercê das oscilações globais. A fuga de capitais nos primeiros dois meses do ano supera a saída total de 2019”, assinala o documento.
A legenda propõe cinco medidas de urgência para estancar a crise econômica e social em curso.
Leia a íntegra da nota do PSOL:
O pânico nas bolsas de valores em todo o mundo é a expressão mais visível de uma crise que se desenha há meses e que agora é potencializada pela epidemia de coronavírus e pela guerra de preços no mercado de petróleo.
A economia nacional, fragilizada por dois anos de depressão e três de estagnação, mostra sua vulnerabilidade. Reformas regressivas em áreas sociais, privatizações, desmonte do BNDES e quebra da capacidade de investimento da Petrobrás deixam o Brasil a mercê das oscilações globais. A fuga de capitais nos primeiros dois meses do ano supera a saída total de 2019.
A forte desvalorização do real ante o dólar coloca sérias dificuldades para uma indústria e um agronegócio cada vez mais dependentes de insumos e maquinários importados. Nosso país vive as agruras de um desmonte planejado pelas elites que promoveram o golpe parlamentar de 2016.
Diante do descontrole anunciado, o governo prima pela irresponsabilidade. A desqualificação do presidente da República e de seu ministério ficam patentes. No meio da crise, o Estado tem de agir investindo, expandindo o crédito e assumindo o comando da atividade econômica. Mas não é isso que se vê por parte de Bolsonaro, que governa contra o Brasil.
Diante dessa situação dramática, como medidas de emergência o PSOL propõe:
1. *Suspensão imediata da tramitação das reformas que desmontam o Estado e o sistema de proteção social*;
2. *Ampliação do investimento público já, em áreas com grande potencial de geração de empregos e forte efeito multiplicador*;
3. *Urgente liberação de benefícios sociais. Há 2 milhões de pessoas na fila do INSS e 3 milhões a espera do bolsa-família*.
4. *Reforma Tributária progressiva, desonerando o consumo das famílias e taxando os bilionários*;
5. *Imediata Revogação da emenda do teto de gastos, que estrangula os serviços públicos em saúde e educação, dentre outras áreas*
É preciso enfrentar os interesses dos poderesos e reverter o ciclo de desmonte do Brasil. Com essas propostas, estaremos prontos para proteger os trabalhadores e trabalhadoras da crise que se aprofunda a cada dia.
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10 de março de 2020
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.