Com base nesse dispositivo lançada no início da pandemia de coronavírus, o grupo Havan suspendeu o contrato de trabalho de 11 mil funcionários. Isso equivale a metade dos empregados da empresa, que conta com 22 mil colaboradores.
Evidentemente, os funcionários não têm a garantia que continuarão empregados após a suspensão temporária do contrato de trabalho. O Blog do Esmael já realizou vários debates com especialistas nos últimos dias sobre essa hipótese.
Em nota, a empresa afirmou que “foi uma das primeiras empresas a utilizar a Medida Provisória (MP) 936/2020 que permite a suspensão do contrato de trabalho por até 60 dias”.
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No mês passado, para pressionar o governo a editar a MP da Morte, o Véio da Havan ameaçou demitir os 22 mil funcionários durante uma live de 52 minutos (clique aqui para relembrar).
“Estamos fazendo tudo que é possível para manter os empregos. É primordial que as empresas trabalhem nesse sentindo. Somente assim, conseguiremos atravessar esse período de dificuldades, mantendo os empregos e a renda dos colaboradores”, declarou o proprietário da Havan.
Durante a suspensão do contrato, a empresa paga 30% do salário do funcionário afastado e o governo complementa o restante com 70% do seguro-desemprego.
Pela MP, o valor do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda tem “como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito” caso tivesse sido demitido sem justa causa.
Ao aderir aos benefícios da MP, a empresa garante aos funcionários quatro meses de estabilidade, sendo dois da suspensão e mais dois após o vencimento do benefício.
Na nota à imprensa, o empresário ainda rebateu acusações de que teria demitido duas mil pessoas. “É mentira. Isso é obra dos sites de esquerda que estão articulados para desestabilizar o Brasil”, afirmou.
Com informações do Congresso em Foco.
Gleisi acusa Bolsonaro de subnotificar mortes por coronavírus no Brasil; assista ao vídeo
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), acusou nesta quarta (15) o presidente Jair Bolsonaro de subnotificar casos e mortes por coronavírus para sustentar seu discurso político segundo qual não passa de uma “gripezinha” a pandemia de Covid-19.
O Brasil é um dos países que menos fez testes a cada milhão de pessoas para diagnosticar a infecção pelo vírus. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram apenas 296 testes a cada milhão, qual seja, apenas 3.378 exames realizados em todo o território nacional.
A título de comparação, a Itália realizou 17.758 testes para cada milhão de pessoas; Portugal, por sua vez, fez 18.798; Estados Unidos examinou 9.450 pessoas a cada milhão de habitantes.
Gleisi desconfia que a subnotificação também falseia o número de mortos pela Covid no Brasil.
“O Brasil realiza poucos testes de coronavírus porque Bolsonaro aposta na subnotificação de mortes”, disse a dirigente petista.
Segundo ela, nos cartórios registraram nos atestados de óbito aumento grande de mortes por causa de doenças respiratórias.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.