Gleisi acusa Bolsonaro de subnotificar mortes por coronavírus no Brasil; assista ao vídeo

Em vídeo, Gleisi Hoffmann afirma que Brasil realiza poucos testes de coronavírus porque o presidente “Jair Bolsonaro aposta na subnotificação de mortes”.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), acusou nesta quarta (15) o presidente Jair Bolsonaro de subnotificar casos e mortes por coronavírus para sustentar seu discurso político segundo qual não passa de uma “gripezinha” a pandemia de Covid-19.

O Brasil é um dos países que menos fez testes a cada milhão de pessoas para diagnosticar a infecção pelo vírus. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram apenas 296 testes a cada milhão, qual seja, apenas 3.378 exames realizados em todo o território nacional.

A título de comparação, a Itália realizou 17.758 testes para cada milhão de pessoas; Portugal, por sua vez, fez 18.798; Estados Unidos examinou 9.450 pessoas a cada milhão de habitantes.

Gleisi desconfia que a subnotificação também falseia o número de mortos pela Covid no Brasil.

“O Brasil realiza poucos testes de coronavírus porque Bolsonaro aposta na subnotificação de mortes”, disse a dirigente petista.

Segundo ela, nos cartórios registraram nos atestados de óbito aumento grande de mortes por causa de doenças respiratórias.

Economia

“O ministro da Saúde [Henrique Mandetta] fica dando entrevistas e não operacionaliza isso”, criticou Gleisi Hoffmann, a pedir que o governo federal importe insumos de combate ao coronavírus.

Assista ao vídeo:

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Segundo informou Bela, a Câmara dos Deputados deu 30 dias para que a Presidência da República apresente os resultados dos exames feitos por Jair Bolsonaro, para comprovar se o presidente contraiu ou não coronavírus.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados aceitou o requerimento feito pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e enviou a solicitação para a Secretaria-Geral da Presidência.

Se a Presidência não responder o pedido, vai desobedecer o artigo 50 da Constituição, que prevê crime de responsabilidade para autoridades do executivo que não prestarem informações solicitadas pela Câmara ou Senado.

Em março, o presidente fez dois exames depois de retornar de uma viagem dos Estados Unidos em que mais de 20 integrantes da comitiva presidencial voltaram contaminados com a covid-19. Ele disse que o teste deu negativo, mas se recusou a apresentar o documento.