Brasil bate novo recorde com 881 mortes por Coronavírus em 12/05

O ministério da Saúde divulgou o balanço da epidemia de Coronavírus no Brasil com um novo recorde de mortes totalizadas em 881 nas últimas 24 horas.

Os números consolidados do Coronavírus no Brasil em 12/05 são:

  • 12.400 mortes;
  • 881 novos óbitos registrados em 24 horas;
  • 177.589 casos confirmados;
  • 9.258 casos registrados em 24 horas.

Veja o balanço por Estado:

VEJA ESSA: Bolsonaro reclama de “autoritarismo” dos governadores

O presidente Bolsonaro usou o Facebook para reclamar de autoritarismo por parte dos governadores que disseram que não cumprirão o decreto que coloca academias e salões de beleza no rol dos serviços essenciais.

O problema é que o próprio presidente acaba reconhecendo que esses serviços não são essenciais, pois emitiu o decreto para “atender milhões de profissionais, a maioria humildes, que desejam voltar ao trabalho e levar saúde e renda à população”.

Economia

Mais uma vez, Bolsonaro ignora a questão de saúde pública e busca atender somente o lado da economia.

Confira o que escreveu Bolsonaro:

– Alguns governadores se manifestaram publicamente que não cumprirão nosso Decreto n°10.344/2020, que inclui no rol de atividades essenciais as academias, as barbearias e os salões de beleza.
– Os governadores que não concordam com o Decreto podem ajuizar ações na justiça ou, via congressista, entrar com Projeto de Decreto Legislativo.
– O afrontar o estado democrático de direito é o pior caminho, aflora o indesejável autoritarismo no Brasil.
– Nossa intenção é atender milhões de profissionais, a maioria humildes, que desejam voltar ao trabalho e levar saúde e renda à população.

Enquanto isso, o número de mortos pelo Coronavírus continua subindo rapidamente. Muito triste é o exemplo dos profissionais da enfermagem. Leia a seguir

Dia da Enfermagem: Brasil é o país com mais mortes de enfermeiros por Covid-19

Nesta terça-feira (12), comemora-se o Dia Internacional da Enfermagem. Em tempos de pandemia, a importância do trabalho desses profissionais não poderia estar mais clara: são eles que recebem os infectados, os acolhem e checam diariamente suas condições físicas, emocionais e psicológicas.

São eles também, muitas vezes, as últimas pessoas que têm contato com aqueles que não resistem à doença. A coragem e honradez da profissão têm sido motivo de homenagens por todo o mundo.

Mas, na realidade, a situação desses profissionais tem poucos motivos para comemoração. Os riscos para os profissionais aumentaram.

Até agora, no Brasil, há mais de 160 mil infectados, sendo cerca de 12 mil enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Todos foram afastados com suspeita ou confirmação de terem contraído o novo coronavírus; e 94 já perderam a própria vida.

O Brasil hoje é o primeiro país do mundo em mortes de profissionais de enfermagem, superando os Estados Unidos, Espanha e Itália juntas.

O número de profissionais mortos no país em decorrência do novo coronavírus representa cerca de 38% do número de mortes em todo o mundo, contabilizado em 260 casos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, há mais de 30 anos a categoria vem lutando pela redução de jornada de 30 horas semanais, adequação fundamental para amenizar a sobrecarga e stress próprias das funções.

“As pessoas tratam como linha de frente, mas eu particularmente não gosto muito desse tratamento porque o dia a dia conta mais. Temos instituições com um único enfermeiro tratando 44 pacientes em 12 horas. Poderia ter um investimento maior em área de trabalho”, afirma Isadora Renata, auxiliar de enfermagem que atua na área de pediatria e saúde da família.

Hoje, o Brasil conta com mais de 2 milhões de profissionais dessa área – enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. Porém, segundo a OMS, há déficit de profissionais nessas áreas em todo o mundo. No relatório mais recente lançado pela organização, em abril deste ano, a estimativa é de carência de 6 milhões de profissionais. Nas Américas, o déficit seria em torno de 800 mil trabalhadores.

Um dos motivos que explica tal cenário é justamente porque faltam boas condições de trabalho: as jornadas são muito longas, os salários insuficientes e os riscos muito altos.

“É a única categoria que atua 24 horas diretamente com o paciente. Estamos adoecendo muito por conta da jornada extensa. Ficamos aí muitas e muitas horas expostas, muito mais do que qualquer profissional”, aponta Viviane.

Causa comum para a contaminação é a falta de equipamentos de proteção individual, ou a quantidade insuficiente desses itens ou ainda a qualidade dos materiais.

“A gente trabalha em situações adversas. Muitas vezes com equipamentos de proteção, no caso da covid-19, inadequados, escassos, sem treinamento”, afirma Souto, que é responsável pela fiscalização do uso dos EPIs nas instituições de saúde.

A falta de atenção dada a esses profissionais no Brasil fica mais clara quando comparados com as condições de outros países. No País, os profissionais da enfermagem têm ainda de lidar com ataques e perseguição.

Um caso emblemático aconteceu no último dia 1º, em Brasília, onde profissionais da saúde foram atacados por militantes bolsonaristas enquanto realizavam uma manifestação simbólica e pacífica, reivindicando melhores condições de trabalho.

Com informações do Brasil de Fato e Vermelho.

Instagram ‘apaga’ fake news de Bolsonaro sobre mortes pelo coronavírus

A rede social Instagram excluiu nesta segunda (11) uma postagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, que divulgava uma informação falsa sobre os números do coronavírus no país.

A postagem de Bolsonaro fazia uma relação entre o número de mortes por doenças respiratórias em 2019, quando ainda não existia a ocorrência do coronavírus, com os números atuais da pandemia – que surgiu no país somente em janeiro de 2020.

“Toda vida importa! Entretanto há algo muito estranho no ar”, escreveu Bolsonaro.

Em abril, vídeos onde o presidente circulava por Brasília em meio à pandemia foram excluídos pelo Facebook.

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