General Heleno diz que seria “atentado” divulgar vídeo de reunião ministerial

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, pelo Twitter, comparou a um “atentado” a divulgação da íntegra do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril deste ano.

O conteúdo foi citado por Sergio Moro, ex-ministro Justiça, como uma prova de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir na Polícia Federal.

Moro, que tenta manter-se na mídia e fornecer material para os jornalões, pleiteia que divulgação total do vídeo. Portanto, aos olhos do general Heleno, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça seria um perigoso “terrorista” que perpetra um “atentado” à segurança nacional.

“Pleitear que seja divulgado, inteiramente, o vídeo de uma Reunião Ministerial, com assuntos confidenciais e até secretos, para atender a interesses políticos, é um ato impatriótico, quase um atentado à segurança nacional”, discursa Heleno.

Cabe ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar ou não a divulgação da íntegra do vídeo.

A defesa de Sérgio Moro argumenta que “a reivindicação pela publicidade total da gravação trará à luz inquietantes declarações de tom autoritário inviáveis de permanecerem nas sombras, pois não condizem com os valores estampados de forma categórica no artigo 5. da Constituição Federal de 1988. Novamente, invocando seu magistério perene e vital para a manutenção da ordem democrática do Estado de Direito, por ocasião de pronunciamento pela passagem do Décimo aniversário da investidura do Ministro Dias Toffoli no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.”

Economia

O presidente Jair Bolsonaro se diverte, zomba, bem como Moro permanece em seus 15 minutos de fama e a velha mídia –liderada pela Globo– segue desviando o distinto público dos temas que realmente interessam à Nação.

O sigilo do tal vídeo é tão “importante” quanto o resultado do exame de Bolsonaro para o Covid-19, qual seja, é menos relevante que a discussão de um plano de contingenciamento diante da pandemia; da depressão econômica causada por ele e Paulo Guedes; do desemprego pleno; da volta da fome e da miséria; do lucro exorbitante dos banco em pleno coronavírus; enfim.

A questão do vídeo que Heleno e Bolsonaro não querem divulgar tem mais a ver com falta de transparência do que “segurança nacional”, como eles alegam. Pode até existir algum “desconforto” político, mas é bobagem classificar como “atentado” ou coisa que valha.

Bolsonaro, Heleno, Moro, velha mídia, et caterva, deviam nos poupar dessa palhaçada. Queremos –e precisamos—discutir o Brasil.

LEIA TAMBÉM
Cepal propõe renda básica por seis meses para América Latina e Caribe

Coronavírus: Mais de 300 parlamentares apelam ao FMI para cancelar dívida de países pobres

PSOL pede investigação contra Bolsonaro por compra de deputados com recursos do combate à pandemia

Requião pede exames de urina e fezes de Bolsonaro

O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), presidente da Frente Ampla pela Soberania, indignado, ironizou nesta quarta (13) o histérico debate da velha mídia acerca do resultado do exame do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para Covid-19.

“Nossa brava militância consegue arrancar via judicial exames de verificação do Covid de Bolsonaro, verdadeiros ou não”, registra o emedebista, ao referir-se à decisão judicial que obrigou o presidente a divulgar o resultado do teste.

Para Requião, agora a velha mídia e parte da militância de esquerda deveriam pedir exames de urina e de fezes de Bolsonaro.

“Agora vamos partir em busca de exame de urina e de fezes, mas sem nenhuma preocupação com a dominação do capital financeiro sobre o Brasil”, ironizou o ex-senador.

Requião tem razão na crítica que faz, pois, enquanto se perde tempo nesse falso debate, Paulo Guedes governa e põe o Brasil à venda.

Mesmo sob a pandemia do coronavírus e nas distrações promovidas pelos jornalões da mídia corporativa, a Petrobras iniciou hoje o processo para a venda de mais quatro usinas termelétricas, sendo três localizadas em Camaçari-BA (UTEs Polo Camaçari) e movidas a óleo combustível, e uma bicombustível (óleo diesel ou gás natural) localizada em Canoas-RS (UTE Canoas).

Bolsonaro no bico do corvo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apesar de um terço de aprovação nas pesquisas, hoje, vai mal, muito mal. Ele está no bico do corvo, prestes a ser devorado, como se explica abaixo.

Conversando com conhecido CEO de instituto de pesquisa, esta semana, chegamos à conclusão de que Bolsonaro palmilha os mesmos passos da presidenta Dilma Rousseff (PT) rumo ao impeachment.

Quem não se lembra da estratosférica aprovação da petista nas vésperas de 2013 e, por um triz, a reeleição de 2014?

O jogo da velha mídia é descer o porrete em Bolsonaro, desconstruir sua frágil imagem, para derrubá-lo na sequência.

Note o caríssimo leitor que os atores que querem Bolsonaro fora do poder não discutem o ‘projeto de nação’, que desejam diferente. Pelo contrário. Eles querem “mudar” para deixar tudo “igual”, portanto, uma mudança leopardiana: “Algo deve mudar para que tudo continue como está.”

A Globo e Folha, por exemplo, tentam construir uma rejeição contra a figura do presidente da República, não contra o que ele representa: neoliberalismo, fome, privilégio para banqueiros, concentração de renda, desemprego, recessão, mortes pela Covid-19, enfim, é o “Diabo” na terra com sua necropolítica.

Na prática, os jornalões e a emissora dos Marinho, com a anuência de setores de esquerda, aspiram tirar Bolsonaro para deixar tudo como exatamente está. Mudaria Bolsonaro, mas a economia ficaria intacta.

Após conversão com o CEO do instituto de pesquisas, chegamos à conclusão de que Bolsonaro está no bico do corvo. Qualquer “gripezinha” mais forte poderá derrubá-lo do Palácio do Planalto, mas, por falta de projeto, tudo tende continuar como está…

Quanto aos debates que dominam o noticiário político da velha mídia, com repercussões até aqui nesta página, trata-se de um falso debate, uma distração. Desde quando o gasto do cartão de crédito corporativo, a demissão do ministro Sérgio Moro e a nomeação do diretor-geral da Polícia Federal são mais importantes para a Nação?

Enquanto o Brasil é distraído pelo falso debate, o Congresso Nacional, com apoio da velha mídia, liquida o patrimônio público com novas privatizações; o “Orçamento de Guerra” [contra o povo] promulgada na semana passada; os parlamentares aprovam mais privilégios para banqueiros e especuladores; etc.; enfim, o ministro Paulo Guedes governa de fato.

A proposta da mídia corporativa e dos banqueiros é a seguinte: Bolsonaro sai, mas Paulo Guedes fica no próximo governo.

Rosângela Moro é exonerada de cargo no programa ‘Pátria Voluntária’

Rosângela Moro, esposa do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, foi exonerada nesta quarta-feira (13) de sua função como representante titular da sociedade civil no programa “Pátria Voluntária” do Governo federal – coordenado por Michele Bolsonaro.

De acordo com informações apuradas pelo UOL, Rosângela Moro teve a demissão publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto. O programa que a esposa de Sergio Moro estava é comandado por Michele Bolsonaro, esposa do presidente da República Jair Bolsonaro.

O obscuro “Pátria Voluntária” é um mistério para a sociedade brasileira que não conhece os objetivos e as realizações do programa, porém é uma unidade de gastos em contratações, eventos e diárias.

Quando Moro anunciou publicamente que iria sair do governo Bolsonaro, Rosângela usou as redes sociais para se pronunciar sobre o caso. “Não poderia esperar outra atitude”, opinou por meio de uma rede social.

A respeito da exoneração, a esposa de Sergio Moro não concedeu maiores detalhes.