No domingo (24), novos protestos voltaram acontecer nas ruas de Hong Kong e 180 pessoas foram detidas “por participarem numa manifestação ilegal e por conduta desordeira num local público”, informaram as autoridades ao final da noite.
Enquanto aconteciam os protestos, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês defendeu na Assembleia Popular Nacional, o parlamento chinês, a aplicação sem demoras da nova legislação em Hong Kong, impondo uma nova Lei de Segurança Nacional contra os organizadores dos protestos.
Wang Yi justificou a lei de segurança nacional, que visa proibir a “traição, secessão, sedição (e) subversão”, com os protestos registrados em 2019 em Hong Kong.
“Os atos violentos e terroristas continuam a aumentar e as forças estrangeiras interferiram profunda e ilegalmente nos assuntos de Hong Kong”, referiu o ministro, considerando tratar-se de “uma séria ameaça à prosperidade, a longo prazo” do território.
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O movimento pró-democracia de Hong Kong, vários países e organizações não-governamentais como a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional criticaram a intenção de Pequim, argumentando que é um golpe às liberdades da região semiautônoma chinesa. Organizações sindicais e trabalhistas participam dos protestos exigindo melhores condições de trabalho e o fim da repressão aos protestos.
O documento agora apresentado surgiu após repetidas advertências da governo chinês contra a dissidência em Hong Kong, abalado em 2019 por sete meses de manifestações em defesa de reformas democráticas e quase sempre marcadas por confrontos com a polícia.
Hong Kong regressou à China em 1997 sob um acordo que garantia ao território 50 anos de autonomia e liberdades que são desconhecidas no resto do país, de acordo com o princípio “um país, dois sistemas”.
O anúncio de Pequim é uma tentativa para conter uma nova onda de protestos, após de meses de calma, muito por causa das medidas tomadas para conter a pandemia da Covid-19, e num momento em que estão agendadas eleições para o parlamento de Hong Kong em setembro, após a ala pró-Pequim ter perdido as eleições locais em 17 dos 18 distritos.
*Com informações da agências internacionais/Plataforma (POR)
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.