O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, entrou oficialmente nesta quarta-feira (20) na marca do pênalti, ou seja, ele está prestes a ser demitido do cargo com a ascensão do democrata Joe Biden nos Estados Unidos.
O discurso fundamentalista, de extrema direita, terraplanista de Ernesto Araújo fazia sentido no governo do vigarista Donald Trump, que deixará o cargo hoje às 14 horas (hora de Brasília).
Por orientação do chanceler brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro chegou a ameaçar Biden durante a campanha eleitoral americana com o intuito de agradar Trump. O republicano perdeu a eleição e, logo em seguida, tentou um golpe de Estado –com apoio de Bolsonaro– culminando na invasão do Congresso dos EUA e morte de cinco pessoas.
A polêmica Biden vs Bolsonaro tende a aumentar porque o americano indicou uma indígena para a Secretaria de Meio Ambiente e ele retornou os EUA ao acordo do clima, além de anunciar o fim do muro com o México.
Como isolamento pouco é bobagem no quadro internacional, a China não pode ouvir falar de Ernesto Araújo e dos filhos do presidente Bolsonaro. O país asiático é fornecedor de vacina e princípio ativo do imunizante.
Em relação à Índia, o país faz jogo duro com o Brasil porque o chanceler orientou não apoiar os hindus para a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Com os países vizinhos, da América Latina, o isolamento da diplomacia brasileira ainda é maior: Argentina, Venezuela, Cuba, dentre outros, foram alvos do extremismo do bolsonarismo.
A submissão canina a Trump também descredencia o chanceler.
É por isso tudo que Ernesto Araújo entrou na marca do pênalti.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.